domingo, 26 de janeiro de 2014

Histórias que nos inspiram! Legados que merecem ser contados!



Olá, meu nome é Alessandra Ramos, baiana de Salvador e moro no bairro de Nordeste de Amaralina, um local conhecido pelas drogas, violência, tráfico, etc...

Onde já morreram muitas pessoas, assaltos, etc.... Os traficantes comandam alguns locais aqui, apesar de ações do governo e da prefeitura. A minha casa (alugada) fica já saindo para a orla, então daqui não vejo muita coisa. Enfim, como estou para me mudar para a casa de um tio e padrinho (solteiro de 75 anos) em um bairro melhor com meus filhos (mais perto das 2 escolas deles e por conta do meu desemprego e problemas de saúde), começei a dar uma geral na casa, fazendo uma faxina geral e tinha 3 bicicletas já não muito novas, mas com jeitinho se ajeita.

Pensei em vender (2 de crianças e 1 de adulto) pois só ocupavam espaço na casa. Pois bem... Tem um rapaz aqui no meu bairro, um cara legal, até bem informado, tirado a filósofo, com uma certa coerência no seu discurso....

Um usuário de álcool e drogas, mas um cara legal quando está "de cara" e mesmo drogado nunca me desrespeitou, nem a minha família, desde quando era casada (separei recentemente. Enfim, um "start"me fez chamá-lo do nada durante a faxina e dei as 3 bicicletas a ele que chorou e me disse: "Sabe que dia é hoje? Meu aniversário!

E este foi o melhor presente que ganhei na vida, além de que adoro andar de bicicleta. Vou ajeitar a maior pra mim e dar as outras duas aos meus sobrinhos. E o melhor: vou me exercitar e o tempo em que esteja me divertindo com seu presente, não estarei usando drogas e álcool. Obrigada por ajudar a me salvar! "

Dei risada, recomendei que ele usasse com sabedoria e que não vendesse para comprar drogas e bebida. Acredite ou não, o rapaz já engordou, vive de bicicleta pra cima e pra baixo, bem feliz e me disse que eu ganhei um amigo pra sempre. Acredito que além de ajudá-lo, fiz 2 crianças felizes. Me senti muito bem, apesar de estar com muitos problemas práticos e de saúde, sem assistência médica (nem eu e meus filhos após a separação) , pude trazer esperança e felicidade para alguém que nem era muito próximo e até à margem da sociedade. Hoje, especialmente sonhei que ele tinha vendido tudo para comprar drogas, encontrei com ele e ele me mostrou as 3 bicicletas intactas em casa. Não tenho palavras para descrever a felicidade de ajudar sem esperar nada em troca, simplesmente poder levar felicidade a alguém que precisa.

BOM DEMAIS!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A Jornada do Anderson, da Goret, da Angélica e Nossa!

"Ela viaja do interior de SP para Alagoas, pelo menos umas 3 vezes por ano, com o carro carregado de roupas, brinquedos, alimentos, mas principalmente esperança! Esperança para quem nada tem. Esperança para aquelas pessoas que sobrevivem em um lugar sem saneamento básico, onde tem que andar 3 Km para pegar água. E ela faz tudo isso com o maior amor do mundo, tenho orgulho de chama-la de minha mãe, é uma pessoas que extravasa luz...”
 Essa é a Goret, relatada por sua filha, Angélica.

As duas pediram ajuda pra gente, pra ajudar o Anderson. E cá estamos nós, pedindo de novo pra vocês, porque sim, juntos podemos conseguir muito!
Andersom tem 23 anos. Ele precisa de uma cadeira de rodas confortável (almofadada) e com apoio de cabeça e lençóis, porque ele se suja muito, e lá como em muitos lugares no sertão falta agua, e a mãe dele tem que andar mais de 3km para lavar as roupas.

Essa é a história desse olhar tão doce:
" Esse garoto, mora em uma comunidade pequena no sertão de Alagoas, a uns 250 km da capital, em um lugarejo chamado Poço do Marco, é uma vilarejo que pertence ao município de Belo Monte (AL). Aos 3 anos, ele levou uma picada de cobra, eles dizem ser uma cascavel, como lá é tudo muito precário (imagine a 20 anos atrás), não tem hospital, não tem conhecimento, os únicos cuidados que ele recebeu foram os remédios feitos em casa e a visita de uma benzedeira. Os dias foram passando, ele teve febre e aos poucos foi perdendo os movimentos. Hoje ele se encontra como na foto, nunca foi a um médico, nunca recebeu uma orientação. Apesar dele não ter movimento nenhum, não falar, e não sair nem na porta de casa a mais de 15 anos (porque ele passa mal) ele é mentalmente perfeito. Pesa mais ou menos uns 50 quilos, mede entre 1,60. Ele vive numa cadeira de ferro e passa o dia todo nela e isso machuca as pernas e costas, é extremamente desconfortável.”
 Bem, elas pediram ajuda para alguns políticos, mas  eu tenho a certeza de que a união de um povo, pode amenizar e porque não mudar uma realidade.
E é o que Eu, Rafael, Jader, Vivian, Regina, Martha, Fabiano, Esperança, Patrícia, Camila, Gi, Fernanda, Juliana, Karen, Regina, Camila, Priscilla, Ana, Doriana, Roberta e Você, estamos fazendo nesse país.

 E lembram do o Robinho? Que vocês conheceram ontem – na Jornada Realizada #116 - que mora do outro lado do país, ajudou o Anderson, sem saber. Porque a ajuda que o Robinho recebeu foi tanta, que ultrapassou o que ele precisava e começamos a ajudar o Anderson – com a autorização dos doadores.
Pois bem, a cadeira que o Anderson precisa já com o frete sai por volta de R$ 1.600,00 e já temos simplesmente em doações: R$ 830,00. Mais da metade. :)

Aqui esta o link da cadeira que vamos comprar pra ele:

http://www.hikarihospitalar.com.br/produtos-cadeira-de-rodas5.html

(o modelo é esse: AVD Alumínio Reclinável)


Se você puder ajudar a nos ajudar, mande um email para a Martha, que ela vai te ajudar a ajudar esse lindo menino:

martha@anossajornada.com.br

Vamos também arrecadar os lençóis e a Goret, vai sar de São José dos Campos e levar tu-do pra ele.

Obrigada! De todo o meu coração, obrigada.

Esse é o Anderson :)



terça-feira, 21 de janeiro de 2014

As Portas da Fama :)

Saio do hospital com a minha filha, e entro direto na Droga Raia pra comprar os remédios. Super apertada para ir ao banheiro, peço: Moça, posso ir ao banheiro? Ela gagueja sem graça: Só-o te- te-m pa-ra fun-cio-na -rios! 
E eu penso, ai meu Deus, preciso fazer xixi! Vou morrer.
Olho para o caixa, vejo a Revista Sorria, não tenho dúvidas, abro a revista com a minha foto de página inteira:

- Olha eu aqui moça. Eu sei tô meio acabada hoje, mas sou eu. Juro. Não sou, Theo? (pergunto pro meu filho, que esta se escondendo atrás da prateleira). Deixa eu ir ao banheiro vai?

- Claro, claro, por aqui... (e sou conduzida no mais alto glamour para os fundos da farmácia, por duas funcionárias)

Agora entendo quando as pessoas falam que a fama abre portas, no meu caso a porta do banheiro literalmente.


O que mais amo fazer: rir de mim mesma. :)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Hoje tento encontrar um jeito de te dizer que sou como você.

Hoje tento encontrar um jeito de te dizer que sou como você.

Primeiro quero te pedir desculpas. Desculpa por faltar em sua vida comida, emprego, remédio, saúde, moradia e muitas vezes dignidade. Por faltar momentos de felicidade.

Desculpa por vivermos nesse país, onde vejo a tristeza nos olhos das pessoas, que são arrancadas de suas casas por conta dos estacionamentos e obras para impressionar os visitantes da Copa do Mundo. Desculpa, por viver nesse país anestesiado, com uma desigualdade social assustadora. É triste demais. É de fazer chorar as histórias que eu poderia te contar.

Com a exposição do meu projeto (A Nossa Jornada) na mídia, descobri como somos carentes de atenção, de afeto. Somos carentes de falar e de ouvir.

Me tornei a esperança para mais de 34 mil pessoas que me seguem. Seria injusto, se não fosse o batalhão de gente que também quer se juntar a nós para ajudar.  O trabalho é árduo, mas hoje vital para mim. Hoje estamos nos estruturando.
Somos16 voluntários, que entre uma vida normal - como a sua - tentamos incansavelmente cuidarmos uns dos outros, e de você.

Renata Quintella?

Sou uma pessoa como você. Com problemas, trabalho, família, filhos. Ando de ônibus, de metrô. Ando a pé. Choro. Moro de aluguel e pago prestação do meu carro. Faço coleção de moedas de 1 real. Tenho 3 filhos pequenos. Trabalho muito. Já fiz uma cirurgia de emergência, me sinto culpada pelo tempo que não passo com a minha família e por não poder ajudar todo mundo que me procura. Tenho dificuldades para encontrar o meu limite físico. Faço terapia para encontrar dentro de mim, uma pessoa melhor. Converso com Deus e tenho Jesus como um bom amigo e companheiro.

Respeito, amo, acredito e admiro todos os caminhos que temos disponíveis para chegarmos em algo maior.

Acho que descobri um segredo: O segredo de compartilhar. Compartilho o meu tempo, a minha vida, o meu amor, o meu coração.

Compartilhando não deixo de ter problemas, mas a vida segue melhor, flui com um propósito e com uma missão. Porque o que seria da vida sem a nossa missão?

Sim, ainda há muitas coisas que quero fazer, tenho muitos sonhos que quero realizar, mas ver os sonhos realizados me completa.

Já chorei muito na vida, já me senti impotente, mas quem disse que seria fácil?


Vem comigo, inspirar histórias de carinho e compartilhar o que você têm de bom.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Sobre A Nossa Jornada

Assistam: Sobre A Nossa Jornada

Os numeros estão desatualizados, mas A Nossa Jornada é a mesma!

Imagens de Maycon Amoroso; Jean Oliveira e Vila Filmes.
Edição: Como Se Faz. TV

Viram como eu também preciso de ajuda? :)

Amor compartilhado é amor multiplicado - Histórias que nos inspiran!


#históriasdeinspiraçãoquenosinspiram
#anossajornada
#wordroks




"Renata,
Moro na Califórnia e ontem assisti a sua história no Fantástico e fiquei encantada.
Concordo com você, fazer pelo outro enche demais nosso coração.
Gostaria de dividir com você a nossa história, se você tiver um tempinho de ler.

Na verdade, vou colocar o texto que escrevi para uma revista há pouco tempo:

No meio do caminho tinha uma pedra. Na verdade, várias. Eu colhi todas elas e pintei palavras positivas para que me inspirassem ao longo do dia. Meu filho Antônio, então com dez anos, chegou da escola e na mesma hora disse: “Estas pedras são muito legais para ficarem em casa. Vamos fazer um monte delas e espalhar pela cidade (San Diego, Califórnia, onde moramos) pra deixar as pessoas mais felizes.”

E foi assim que nasceu o Word Rocks, em outubro de 2011. O nome foi dado por Antônio também. Com esse jogo de palavras, significa ao mesmo tempo “pedras de palavras” e “a palavra é legal”, em tradução livre. Desde então, tem sido uma delicia doar estas palavras por aí. Sempre levamos no carro de cinco a seis pedrinhas pra espalhar por onde passamos.

Atrás das pedras colamos umas etiquetas para que as pessoas entrem no website, conheçam a ideia e, quem sabe, também se sintam inspiradas a compartilhar algo com os outros. Foi desta maneira que o projeto começou a se espalhar pelo mundo. As pessoas que encontravam as “word rocks” ficavam tão felizes com a inspiração que acabavam passando a pedra adiante, em uma futura viagem. Ou tornavam-se espontamente voluntários.


Os amigos que viajavam sempre pediam algumas para levar. Amigos de amigos entraram em contato querendo fazer sua parte também. Pessoas que leram a história na imprensa, escreveram para saber como fazer e espalhar pedras. E assim as word rocks espalharam-se pelo mundo: Brasil, Inglaterra, Austrália, Espanha, França, Tailândia, Canadá, Argentina, África, México, Itália, Croácia, China, Colômbia e mais. A lista não pára de crescer.

Bonito ver que a palavra certa tem mesmo encontrado seu caminho no momento certo para chegar à pessoa certa. O coração fica quentinho porque neste momento a gente percebe a conexão com as pessoas, com algo maior. E isto é lindo demais. Do meu Antônio nasceu a idéia de espalhar este amor, estas palavras positivas. A lição ficou: quando a gente se abre para um amor maior, tudo faz sentido e fica mais bonito. Amor compartilhado é amor multiplicado."