quarta-feira, 6 de maio de 2015

A gente sempre está onde se deve estar...


Mesmo querendo estar em outro lugar...

Uma pequena intercorrência médica me fez sair de uma convenção e ir ao hospital de Camboriu em Santa Catarina, onde estou. (já estou melhor e medicada)
Mário, motorista da Van que foi incumbido da missão, me diz: “tem um hospital aqui perto”.  “vamos pra lá Mário”, respondo.
“não aceitamos Amil”, diz a atendente.
“pago no particular e pego o reembolso”, penso.
Ficha, nome, telefone, endereço, referência, sexo, cor, naturalidade, idiomas...olho a placa que diz: Hospital do Coração, penso: “sim coração, você também precise se consultar, tomar um remedinho e fazer um curativo.”

Espera, pensamentos: apreensão, sangue, convenção, roteiros, como voltar pra casa, o que encontrar...

A médica me examina e com o diagnóstico e a receita de antibióticos nas mãos, abro minha carteira pra pagar e descubro: não tenho cartão de crédito, nem de débito, nem cheque, “troquei de carteira, merda”, lembro. Só encontro umas notas que juntas somariam uns R$ 100,00, fotos das crianças e do meu avô, uns cartões de vista, um jogo da mega sena antigo, e  o cartão da Amil mas tenho o meu amigo.... que teve a missão de me acompanhar nessa empreitada e que me ajuda com a burocracia e me empresta o $ para a consulta. Gratidão querido!

Hospital do Coração, Hospital do Coração, Hospital do Coração, Hospital do Coração, Hospital do Coração. Olho o facebook: Ciça fez um checkin no Hospital do Coração. “Será que é o mesmo?” Trocamos mensagens. Sim é o mesmo. Não acredito! Está sozinha no quarto, esperando a fortaleza da sua mãe voltar de uma cirurgia.

Quarto 508! Quarto 508! Será que é a Ciça mesmo? A mesma Ciça, minha Facilitadora da Esperança do Instituto A Nossa Jornada?  Viajamos seiscentos quilômetros, vindas da mesma cidade, para dar um abraço apertado com todo o amor de uma vida, no corredor de um hospital em Santa Catarina.

Ela era tudo o que eu precisava ver ontem, e eu o abraço que ela esperava. Cheguei no quarto junto com a Dona Neusa, que voltava da cirurgia.
Rezei em silêncio e deixei por lá minha força e minha gratidão pela vida. Ciça me fez voltar pra minha realidade e acreditar ainda mais nas sincronicidade das nossas missões nesta vida. Voltei pra mim, amanhã volto pra casa.

Gratidão ao céu pelos aprendizados de uma vida, num dia.

Pare, preste atenção nos sinais que sua vida te dá. Você só tem a ganhar.

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