quinta-feira, 18 de julho de 2013

Era Uma vez, um Thiago


Escolhi um cupom, desses promocionais, para passar o feriado de Páscoa com os meus filhos num hotel fazenda perto de São Roque. As primeiras pessoas que vi, ao chegar, foi um grupo de jovens com Síndrome de Down. E o Thiago era um deles.

Aos poucos, fui me aproximando para conhecê-los. Não queria passar a curiosidade que tem a maioria das pessoas quando vê um grupo tão “diferente”, porque não era curiosidade que eu sentia, eu queria mesmo era fazer parte deles. Ser um deles. Estar com eles.

E quando eles viram as minhas tatuagens, pronto. Os cativei – por
que elas também assustam as pessoas – mas eles amaram -  tiramos fotos e tudo!

Em nossos passeios pelo hotel, meus filhos viam o grupo de longe e me diziam: “Mãe, olha seus amigos ali”.

Eu ficava feliz com essa observação porque sentia que algo maior me ligava a aqueles jovens, mas eu ainda não sabia o que. Quando olhei para o Thiago, percebi eu tinha alguma missão com ele. Mas não sabia qual e não questionei, porque esse tipo de coisa sempre acontece comigo. Acabou o feriado e fomos embora.

Depois de um tempo, quando A Jornada começou a tomar forma na minha cabeça, resolvi escrever para a Fabiana, psicóloga e idealizadora do lindo e sério projeto de inclusão social para jovens com deficiência intelectual, chamado carinhosamente de SIMBORA GENTE, que conheci no passeio naquele feriado. Perguntei a ela sobre os sonhos deles. Ela me disse alguns, mas parei nos sonhos do Thiago que eram: conhecer o Cirilo do Carrossel, visitar a Disney e morar sozinho.

A partir daí, comecei a minha Jornada. Pensei que conhecer o Cirilo seria o sonho mais fácil de realizar. E comecei a entrar em contato com uns atores amigos meus. Enfim, descobri que a novela já tinha sido terminada de gravar e que cada um foi para um canto. Foi então que parti para o próximo sonho: a Disney.

Mandei cerca de 30 emails. Teve dias em que duvidei que fosse conseguir. E ficava triste, mas seguia. Enquanto isso, Thiago ainda não sabia de nada.

Até que um dia, a Agência de Eventos Case Imagine, me mandou um email me chamando para uma reunião para saber melhor sobre o caso. Foi a reunião mais rápida e feliz da minha vida!! Eles me disseram que ia pagar a viagem. Eu me ofereci para registrar todos os momentos que eu pudesse para lhes entregar um vídeo da realização desse sonho tão bonito. E assim estou fazendo.

A passagem e a hospedagem ficaram em torno de oito mil reias, mas precisávamos  juntar o dinheiro para ele se manter por lá. E assim, comecei mais uma Jornada. Varias pessoas souberam do caso pela internet e, juntos, conseguimos mais dois mil reais, suficientes para a compra dos ingressos dos parques e para as camisetas de identificação. E mais, ainda sobrou 700 dólares que ele levou em sua bolsinha.

Eu só tenho a agradecer dessa minha vida, a oportunidade que Deus me deu de poder correr atrás do meu sonho, que é realizar os sonhos das pessoas.

Thi, que a sua vida seja cheia de sonhos, porque eles se tornarão realidade.
Amo você.














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